sábado, 13 de junho de 2015

A história da Raquetinha (por Marcelo Tella)

A raquetinha, também conhecida como mini tênis, surgiu aproximadamente entre os anos 60 e 70, quando um grupo de apaixonados pelo tênis e que frequentava as praias de Santos, teve a ideia de levar o tênis para a praia. Eles se reuniram com o fabricante de materiais esportivos, Procópio e pediram que este fabricasse uma raquete de madeira para que fosse usada na praia. As raquetes foram fabricadas  e o grupo de apaixonados começou a jogar.

 Eu tive o privilégio de conhecer um dos integrantes deste grupo  que criou a raquetinha, o meu grande amigo Milton Grosso. Joguei contra ele uma partida de tênis em 1979, pelo  Campeonato Interclubes da Federação Paulista de Tênis e anos mais tarde, coincidentemente, ele viria a ser padrasto de uma grande amiga.

Conforme as pessoas passavam na praia e viam a novidade, perguntavam o que era aquilo, como e aonde poderiam comprar as tais raquetes, etc. Procópio, vendo ali uma oportunidade comercial, começou a fabricar mais raquetes em pequena escala e colocou para vender.
Inicialmente as raquetes eram utilizadas somente na praia, até que alguém decidiu usá-las numa quadra de tênis normal.

Como a raquetinha é mais fácil de  jogar do que o tênis, logo foi ganhando adeptos. De Santos foi para a cidade de  São Paulo e depois para o interior do estado. Hoje temos grupos de raquetinha em Campinas, Americana, Amparo e outras cidades.

A raquetinha é jogada sempre em duplas. Por ser menor do que uma raquete de tênis e por não possuir cordas, o jogo de raquetinha é bem mais lento do que o jogo de tênis. A área de contato da raquete com a bola fica mais próxima da mão, facilitando a batida. Sendo assim, fica bem mais difícil de matar um ponto na raquetinha.  Então, o equilíbrio nas partidas é bem maior. Um bom jogador de tênis não consegue definir os pontos com a mesma facilidade na raquetinha  e um jogador de tênis mais fraco, consegue devolver mais bolas. Resumindo em uma linha: o bom fica pior e o ruim fica melhor.

As regras e as bolas são exatamente as mesmas do tênis. Enquanto uma pessoa pode demorar alguns meses para começar a jogar tênis, na raquetinha isso se reduz a algumas horas.

Em minha opinião, por ser mais fácil  jogar raquetinha do que tênis  e sempre em duplas, ela tornou-se, digamos assim, o lado social mais relax do tênis. Em eventos como festas, churrascos, etc., consegue-se tranquilamente jogar raquetinha não precisando do silêncio que reina nos jogos de tênis.

Todo apaixonado pelo tênis deveria experimentar a raquetinha.

Marcelo Tella é proprietário e professor da Tella Tennis Academia de Tênis, em Campinas, SP.

www.tellatennis.com.br


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